sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Confissão de um crime

Há muita gente no mundo que tem a cara feia e a alma doce. Em outras vezes, a natureza é injusta, pois dá à pessoa uma cara que ela não merece.
Sendo feio ou honesto, mas sendo insensível, carrega a máscara da frieza colada no rosto.
O amor intimida aliados e adversários, sem nenhum direito. Ele é presente, é céu, é felicidade. Ao mesmo é terrorista, espião, carrasco.
Ele assume em nossas vidas um caráter que nunca teve nem pediu. A realidade de quem ama é tímida, pra não dizer ausente.
Embora choremos por amores não-correspondidos, não carregamos a culpa em nossa farta bagagem de sofrimento.
A única culpa que carrego é no coração, porque sou ré confessa de um sentimento que alegra, mas que também condena.
A pior coisa que existe é ser livre, porém presa. Por ser uma criminosa, o que me resta é esperar o doce toque da morte, morte de um sentimento livre, mas que me prende, me segura, não me esquece.

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