sábado, 21 de março de 2009

Um grande amor

Todos os dias morre um amor. Quase nunca percebemos, mas todos os dias morre um amor. Às vezes de forma lenta e gradativa, quase indolor, após anos e anos de rotina.
Morre em uma cama de motel ou em frente à televisão de domingo. Morre sem beijo antes de dormir, sem mãos dadas, sem olhares compreensivos, com gosto de lágrima nos lábios.
Todos os dias morre um amor. Às vezes com uma explosão, quase sempre com um suspiro.
Todos os dias morre um amor, embora nós, românticos mais na teoria do que na prática, relutemos em admitir. Porque nada é mais dolorido do que a constatação de um fracasso. De saber que, mais uma vez, um amor morreu. Porque, por mais que não queiramos aprender, a vida sempre nos ensina alguma coisa. E esta é a lição: amores morrem.
Você é a borboleta que pensei ter na palma das mãos, sinto meu coração bater em seu peito.
Esse é um poema jogado no ar, palavras querendo viver.
Já dizia a música: "Take my hand, say is not forever..."(e uma lágrima desce pelo rosto inconformado).
Não sei quantos grandes amores podemos ter na vida.
Não sei se grandes amores podem ser substituídos. Não sei se grandes amores são eternos somente enquanto duram. Mas, a sensação que esse grande amor te faz sentir é única. E você sempre a guardará em seu coração, como uma ilusão ou não.
Há os amores raríssimos, o meu por você é denominado amor-unicórnio, porque é de uma beleza tão pura e rara que jamais poderia ter existido, a não ser como lenda. Mas não quero acreditar nisso.

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